segunda-feira, 18 de abril de 2016

Comissão conclui documento sobre política de acesso à informação

Investir em servidores preparados para tal fim e prover novos mecanismos e instrumentais de acesso à informação, é o que sugere o documento final da Comissão de Política de Acesso à Informação e à Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), entregue na tarde dessa quinta-feira, 7, à gestão universitária.

Foram cinco meses levantando dados e elaborando o diagnóstico apresentado. Apesar da Biblioteca Central Zila Mamede (BCZM) acumular um know how nessa área, os 19 integrantes apontam mais capacitação para quem lida com usuários deficientes; mais materiais acessíveis, como livro eletrônico, digital e audiodescrição; legendas nas comunicações eletrônicas (programação da TVU e vídeos educativos), contratação de mais intérpretes e revisores de texto em braile.

A presidente da Comissão, professora Catarina Shin Lima de Souza, disse que antes de finalizar o documento visitou a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), referência nacional em acessibilidade para surdos. Segundo ela, o que se pretende "é criar mais serviços de acessibilidade dentro da UFRN".

Também foram propostos a destinação para surdos de 50% das vagas do Curso de graduação em Letras-Libras e a construção ou adaptação de salas com formato em U, piso frontal elevado e iluminação com foco adicional. Além da presidente, outros 7 servidores participaram do ato de entrega à reitora, Angela Maria Paiva Cruz, e ao vice-reitor, José Daniel Diniz Melo. Os encaminhamentos serão analisados pela área de planejamento da Reitoria.

Menu de serviços

Na UFRN, o menu de produtos de acessibilidade à informação consta de um Programa de Tutoria inclusiva, com bolsas destinadas à estudantes de graduação para acompanhamento a alunos com necessidades especiais; empréstimo de tecnologia assistiva, como notebooks, tablets e outros equipamentos adaptados; intérpretes de libras; produção e adaptação de materiais didáticos, inclusive videoaulas e DVDs de filmes, e bolsas para alunos com necessidades especiais.

Entre laboratórios, o aluno com necessidade especial conta com o de Musicografia Braille, na Escola de Música; o Laboratório de Acessibilidade, na BCZM, produzindo materiais didáticos em diferentes formatos e plataformas, e o Repositório de Informação Acessível (RIA). Quanto à infraestrutura, os novos prédios da instituição estão adaptados e as instalações antigas passam por adequações, incluindo o prédio da Reitoria,  construído há 30 anos.

Quadro

Na UFRN 183 alunos com necessidades atendidos pela Comissão Permanente de Apoio a Estudantes com Necessidades Especiais (Caene/UFRN), dos quais 107 com bolsas. Um estudo sobre acessibilidade informacional no universo de alunos com deficiência visual na Universidade foi apresentado em 2014, e revelou que 11 alunos com cegueira foram atendidos pela BCZM, em 2013. Ainda neste ano, a Comissão Própria de Avaliação (CPA/UFRN) fará um estudo sobre o desempenho acadêmico desses alunos, para identificar se precisam de apoio para superar dificuldades na estudo aprendizagem.

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Notícia vinculada originalmente pelo site da Biblioteca Central Zila Mamede, em 11/04/2016. Disponível aqui.